Marcas maternas


Minha lembrança neste dia vai para as mulheres que pariram,

mas não puderam ou não quiseram ficar com seus filhos.

Envolvo também neste poema:

as mães preteridas, descartadas, esquecidas;

as mães humanas demais, com defeitos demais

para os ideais românticos filiais.

As mães simples, sem auréolas de divindade.

As mães que aguardam um telefonema, uma visita

que nunca chega...

Ou chega com os minutos contados.

Mães que nunca perguntamos quem são,

 o que sentem, o que pensam, o que desejam

além deste papel materno.

Ah!

Mães que partiram e deixaram tanta saudade!

Mães que partiram e deixaram tanta mágoa.

Mães apenas.

Retratadas não apenas no sorriso e juventude

como querem os interesses midiáticos.

Mães que ralham e nos perturbam.

Mães idosas envolvidas pelo Alzheimer.

Mães postiças que a Grande Sorte nos permitiu encontrar

e se tornaram mães verdadeiras.

Mães que transcenderam seu  papel

e se transformaram em preciosas amigas.

Mãe 

simplesmente alguém cuja presença ou ausência nos marcará para sempre!

Tatiane Moreira em 10/05/2015

 

 


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