Hoje a esperança bateu na porta.

O medo que me acompanha hesitou.

Deixá-la entrar significaria voltar a acreditar na vida.

Mas como em meio a essa pandemia?

Ou frente a um estado desgovernado?

Como? Se tantos estão sofrendo, morrendo?

Lá de fora, a esperança apenas assoviou.

-Está só despistando, sussurrou o medo.

Talvez seja mesmo necessário,

despistar essa tristeza para roubar um sorriso.

Hoje a esperança bateu na porta.

E apesar de todos os motivos para não a receber,

justamente por tudo isso é preciso acolhê-la.

Abrigar nas entranhas essa força tamanha

que não tardará a lutar.

O medo arredou, deu espaço.

A esperança me deu um forte abraço.

E me engravidou!

(Tatiane Moreira)



Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Das coisas que aprendi ouvindo Rita Lee - Menopower!

Alimente os peixes

Onde está o corpo artístico transcendente?