Presença
Sobre as certezas que temos na vida,
a nossa própria companhia
é a que iremos carregar conosco
enquanto durar o alento que nos anima.
A qualidade dessa companhia
dependerá
do quanto nos conhecermos, nos apreciarmos, nos
aceitarmos.
As culpas, das quais conseguirmos nos redimir.
Do exercício do auto perdão.
Do quanto teremos conseguido apaziguar
nossas guerrilhas e nossos guerrilheiros internos.
Do encantamento com as nossas idiossincrasias,
do entendimento com as nossas teimosias.
De quantos de aprendizados somos capazes de extrair
do material de que somos feitos:
carne e sonhos,
intelecto, sentimentos e instintos.
Que sejamos capazes de estimar
“a companhia que temos nos momentos vazios”*
e que estará ao nosso lado
na saúde e na doença,
na riqueza e na pobreza,
do começo ao fim das nossas humanas vidas.
(Tatiane Moreira)
* Referência ao
poema de Oriah Mountain Dreamer, “O
Convite”: "Quero saber se você pode ver a beleza mesmo quando o
que vê não é bonito, todos os dias, e se você pode buscar a fonte de sua vida
em sua presença. Quero saber se você pode conviver com o fracasso, seu e meu, e
ainda postar-se à beira de um lago e gritar à lua cheia prateada: “Sim!”.
(...) Quero saber se você pode ficar só consigo mesmo e se você
verdadeiramente gosta da companhia que tem nos momentos vazios."
Parabéns pelo texto, Tatiane! Sempre com muita lucidez e consciência!Abraço!
ResponderExcluirGratidão meu amigo pela leitura!
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