Os poetas voltaram na roupagem de MCs
Os poetas voltaram
Não mais poesia presa nas páginas de um livro
É grito, gemido, batida ritmada
Os poetas voltaram
Na roupagem de Mc’s
Poesia Marginal
Protesto gutural
Parido nas vielas,
Vilas, favelas
No asfalto negro
Na pele preta
Cravejado de bala, de lágrima
É grito, gemido, batida ritmada
No embalo dos corpos
A voz desnuda os prantos ancestrais
Os poetas voltaram
Encarnaram Mc’s
São livres pensadores, filósofos, anarquistas
Meninos de olhos envelhecidos
Delírios de uma AR-15
Extraindo da vilania seus versos crus
Sonorizando o sistema carcomido
Lançando ao ar: palavras
Feito setas envenenadas
ou boias salva-vidas
Denunciando, propagando, difundindo
O amor em meio ao caos
O ouro em meio ao lixo
A vida sempre sagrada
ainda que negada
ferida, baleada
É grito, gemido, batida ritmada
Os poetas voltaram
Deixa cantar os Mc’s
(Tatiane Moreira )
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