Saí a semear amor

Já entendi, Tristeza, a sua visita, os seus motivos, o seu amargor.

Dos espinhos que aceitei carregar como ilusão de carinho.

Mas o carinho não fere, não é mesmo? 

Foi por isso que você veio, para me mostrar a ilusão. 

Eu, mendigando, estendendo as mãos para quem nada tem para dar. 

E o meu cesto tão cheio de tesouros.

Levanta e anda - você disse sem cerimônias.

Embora tenha respeitado cada lágrima 

Que eu precisei chorar para expurgar o desamor. 

Depois desse banho salgado me senti melhor. 

O amor estava lá para me acolher, me secar, me vestir.

E o mais importante: me por a caminhar. 

Desde então estou a semear amor. 

Faço ninho em todos os corações que queiram me receber.

E voo livre como sempre fui, e não sabia. 

Livre como sempre serei. 

(Tati)

Tristeza - canção para acompanhar a leitura.







Comentários

  1. Arrepiaaaaaaaaaaaaaaaaaadaaaaa aqui!!!! Quão maravilhoso e encantador acompanhar esses passos tão firmes, tão corajosos, tão cheios de querer, de amor...
    Admiro e sinto na alma suas poevidas!
    Gratidão, Tati.

    ResponderExcluir

Postar um comentário

Postagens mais visitadas deste blog

Das coisas que aprendi ouvindo Rita Lee - Menopower!

Alimente os peixes

Onde está o corpo artístico transcendente?