Variações sobre o mesmo tema
Não
mais sonhar
posições
tântricas
sobre
seu corpo.
Vou
cavalgar ventanias,
envolta
pelo frio de agosto.
Meus
olhos insones pela madrugada
deitam
geadas
sobre a
lembrança
de um gato
morto
num canto
da rua.
Um gole
de vinho
seco,
como
está agora o canteiro da esperança.
Seca e
áspera, a minha língua
como devia
ser a língua do gato morto
num canto
da rua.
Quem recolherá
seu corpo?
Ou enfeitará
com flores sua pelagem branca?
Dizem
que quando começamos
a enterrar
nossos mortos,
alcançamos
outro patamar de humanidade,
demos significado
a morte
pranteando
sobre o que se perdeu.
(TMF
06/08/2021)
Fantásticos versos!
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