Escrever para não pirar
E cá estamos na estranheza dos dias velozes... Lucy Campbell O carnaval passou, como de praxe trouxe sorrisos (ritualisticamente segui o bloco para não ficar ruim da cabeça, nem doente do pé) e tristezas (tem sempre alguém que não voltará vivo para casa: um acidentado, um afogado, um assassinado, um desaparecido) . Placas tectônicas mostraram o quanto a terra está viva, movente. E isso não será o bastante para despertar os seres humanos dormentes. A síndrome de Burnout segue em alta mostrando o quanto a forma como labutamos no ofício de cada dia adoece a alma, essa instância do ser que carece de tempo e espaço para viver mais devagar, respirar mais profundamente e degustar os minutos em vez de engolir as horas em ações desprovidas de sentido. O feminicídio mancha as notícias todos os dias, todos os dias, os estupros ainda indicam a perversão dos costumes e eu finjo normalidade nessa terra insana. Anoitece lá fora e aqui d...