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Mostrando postagens de abril, 2024

Eu te amo

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Homem, eu te amo. Não como amei no passado  outros homens, quando eu ainda não era minha e tudo era carência, desencontros e opressões. Amor que não se podia.  Nem permitia entrega, descanso, confiança. Os braços destes homens  foram pousos, foram pausas para alçar voos mais longos e mais distantes em mim mesma. E o procurando sem saber que te procurava, terminei te encontrando.  Homem, eu te amo. Sabendo-te meu, assim como me sinto sua. Possuindo-te enquanto essa for nossa livre escolha. (Tatiane Moreira ) Fotografia do arquivo pessoal de Tatiane Moreira

Hoje chorei

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Hoje chorei. Lágrimas mornas e mansas. Cansadas de todas as léguas que correram e ainda não chegaram onde precisarão desaguar. Agora o terreno é mais seco, duro, as depressões mais fundas e não sei se dá para seguir preenchendo tudo. Ficaram muitas lacunas. (TMF)  Foto performance: A máscara da dor - por Tatiane Moreira

Onde está o corpo artístico transcendente?

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Quantas canções não foram compostas? Quantas poesias deixaram de ser gestadas? Livros que poderiam ter sido escritos, histórias narradas, desenhos, pinturas, danças. Tanta arte impedida de vir à vida porque todo corpo do trabalhador  é campo de usufruto do capital. Nele cabe a função do seu serviço,  não o corpo artístico transcendente. Este está sacrificado em 44h de trabalho semanais ou mais, sacrificado em horas de migrações pendulares na eterna ida e volta para casa convertida em espaço dormitório para um sono que não vem. A arte carece de tempo,  de andanças livres,  perambulações.  Quando nossas vidas se converteram em modos de consumo, em  peças facilmente substituíveis nessa carcomida engrenagem social  perdemos a propriedade da nossa alma.  Trocando nossas expressões viscerais por cifrões, sempre insuficientes em nosso bolso. O trabalhador que esquece sua humanidade, suas necessidades, seu sonhos vira  máquina.  É só um corpo fu...