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Mostrando postagens de setembro, 2024

Pós-verdade e fuligem

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Estação do Metrô Central, outrora pertencente a antiga Companhia Brasileira de Trens Urbanos (CBTU) em Belo Horizonte, hoje privatizado e "ornamentado" a pobre e tosca imagem de um supermercado. Nenhuma janela de transcendência para além de rótulos e preços, na era do Homo Consumens.  Acervo pessoal, 2024.  Na era da pós -verdade,  repleta de mitos infundados, o que é fato: é essa fuligem opaca  descolorindo os dias. Tudo parece arder, virar fumaça, especialmente se for mata, se lembrar um quilombo,  se for terra indígena.  O capital, enfim, precificou todas as almas. Cada altar, cada ação  tem a marca do seu cifrão característico. Nem tudo o que reluz é, mas tudo o que reluz é sombra humana  do que um dia, chamamos vida.  Como continuar? Com qual utopia?  Nenhuma ilusão de solidariedade e partilha  subsistem aos contratos de grilagem.  Apenas aparências: frágeis, turvas, oásis artificiais.  Tudo. Todos? Perseguindo algum ...