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Mostrando postagens de janeiro, 2025

Canção de ninar

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  Como na história do velho que se arrasta com dificuldade pela floresta escura levando um lampião, cuja a chama, a cada passo  está cada vez mais baixa. Você também se arrasta pelas horas escuras de cada dia  com seu sopro de vida cada vez mais tênue. Seus olhos se fecham e se demoram mais para abrir, seus suspiros profundos preparam a alma para partir. Quais paisagens, mãe, seus olhos cor de folhas secas  enxergam agora?  Nelas estão as mudas que você replantava em um dos últimos sonhos que me contou? Não compreendo mais as suas palavras tento adivinhá-las e peço que não desista de se comunicar comigo. Como na história do velho que se arrasta pela floresta  rumo a uma casinha iluminada, com uma fumacinha fina saindo pela chaminé. Assim que ele chega a porta, seu corpo frágil  cai nos braços de uma mulher forte. Possa também seu corpo frágil  ser amparado por mãos amorosas  que te carreguem para perto do fogo para te aquecer e ninar. Pronto,...

Mãe - eterno amor

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  É agora seu corpo de passarinha que não voa mais A cabeça que se deixa pender feito flor se despedindo da haste  Mas ainda em seus olhos a luz da vida cintila Brilhando mais intensamente antes de se apagar Antes de você se calar ainda foi possível desembolar com os ouvidos  as palavras da sua voz Agora apenas os seus olhos falam de dores e necessidades impronunciáveis E por vezes o seu sorriso surge tímido e tingido de dor É gozado mesmo, mãe - você tem toda razão, (sempre teve!) É mesmo uma paulada a dor de assistir  O sofrimento dos seres amados Assistir  a vida se esvaindo  feito fragrância sumindo  e deixando um rastro imensurável de saudade e eterno amor (Tatiane Moreira Ferreira filha de Edna Moreira Ferreira) Mãe, primeira e última palavra. Gratidão!