Homens são frágeis
Homens são frágeis
Mal suportam um feixe de dificuldades
Logo se amarguram e se revoltam
Há os que se escondem no fundo de garrafas
Ou se afogam em barris de cachaça
Os covardes, incapazes de aceitar um não como resposta
Aqueles sombrios – Barbas azuis – que fazem do amor
Armadilha, jogo, tortura
Violentos, ceifadores de vidas
Os edipianos, presos ainda no temor da castração
Aqueles que temem tanto a entrega que se tornam beija-flores,
De flor em flor...
Homens são frágeis
Debaixo das armaduras
São como crianças assustadas que nunca cresceram
Na eterna espera da mãe cuidadora
Para lhes costurar os rasgos na alma
Homens são frágeis
(Tatiane Moreira)
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