Quarentena



Tempos de quarentena. Recolhimento, introspecção.
Nessa parada obrigatória estamos, cada um, frente a si mesmo.
A única certeza é que não há certeza nenhuma. Sim, é um chavão, mas que cabe agora como uma luva.
São tempos vazios, difíceis de preencher. Claro, como sempre há mil chamados: lives de todas as espécies, encontros virtuais, educação a distância. Mas meu coração não quer atender a nenhum.
O importante é não fugir, não fugir do vazio quando ele se apresenta.
O convido a sentar e tomar uma xícara de chá comigo.
O convite é dele, na verdade, não meu.
O chá não tem sabor algum, e isso não é ruim.
Juntos: eu e o vazio esperamos a hora de sermos um.
                                                                                                                               
 (Tatiane Moreira)




Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Das coisas que aprendi ouvindo Rita Lee - Menopower!

Alimente os peixes

Onde está o corpo artístico transcendente?